Você sabe o que é capital de giro e a sua real importância para a saúde financeira da empresa? Esse é um dos conhecimentos essenciais que o empreendedor precisa ter, independentemente do porte de seu negócio.
Isso, porque, sem ele, será inevitável ter de lidar com problemas com pagamentos, quitação de pendências, falta de recursos financeiros para continuar o trabalho em época de crise econômica ou algum imprevisto, chegando, mesmo, a levar a empresa à falência.
Diante disso, leia este artigo para compreender o conceito e os passos corretos para fazer o cálculo do capital de giro!
Entenda o que é capital de giro e sua importância para a saúde financeira da empresa
Conhecido, também, por ativo circulante, o capital de giro serve para sustentar os custos e despesas fixos e variáveis de um negócio. Por exemplo, é o capital que se encontra em estoque, nos investimentos em ações e títulos do Tesouro Nacional ou outra aplicação, valores em contas bancárias, pagamentos a receber, ou seja, tudo que pode ser convertido em dinheiro para manter o funcionamento da empresa.
Os investimentos fixos — imóveis, equipamentos, máquinas, veículos etc. — fazem parte da estrutura da organização, enquanto o capital de giro é primordial para sanar as obrigações e as contas rotineiras do empreendimento.
Desse modo, os empresários que trabalham sem ele correm risco quando há imprevistos no mercado, recessão, despesas não planejadas ou necessidade financeira. Afinal, a empresa estará monetariamente descoberta. Por esses motivos, é relevante saber como fazer o cálculo para que seu fluxo de caixa fique equilibrado.
Veja como se deve calcular o capital o giro
Inicialmente, é necessário identificar as variáveis e as contas da operação, como o que há a receber, estoque, adiantamentos etc., conforme o mercado em que atua. As contas do ativo circulante precisarão cobrir essas demandas até a empresa conseguir transformar seus produtos em dinheiro, ao vendê-los.
Além disso, será preciso considerar o passivo circulante, que são as contas a pagar, os fornecedores, folha de pagamento, água, luz, internet e tributos, entre outras despesas. Por isso, quanto maior for o seu capital de giro, mais facilidade você terá para manter o funcionamento do negócio para os meses seguintes, pois conseguirá arcar com as obrigações — mesmo que as vendas e as contratações tenham sido aquém do esperado ou em caso de despesas circunstanciais.
Ciente disso, para realizar o cálculo do capital de giro, é preciso subtrair o ativo circulante (AC) do passivo circulante (PC) para descobrir o dinheiro que será usado nos próximos meses, independentemente daquele valor direcionado para as despesas mensais. Desse modo, a fórmula do capital de giro líquido será: CGL = AC – PC.
É importante ressaltar que esse valor deve sustentar pelo menos seis meses de operações. Para entender melhor, imagine que as despesas mensais da empresa são de R$ 200 mil. Assim, o cálculo do capital de giro será: R$ 200.000 X 6 = R$ 1.200.000.
Com esse valor, o empresário terá fôlego nos momentos de emergência e tempo hábil para reduzir perdas e ganhar dinheiro. Assim, a organização estará segura para continuar suas operações para a compra de insumos, pagamento de fornecedores, salários de funcionários e demais despesas durante o período de seis meses.
Se você não tem o montante suficiente para arcar com o capital de giro, já que no início dos negócios não há tanta entrada de receita e é preciso custear as despesas, é possível consegui-lo por meio de um empréstimo.
Saiba como realizar um planejamento para um bom capital de giro
Realizar o detalhamento dos gastos a curto, médio e longo prazo é primordial, assim como saber as possíveis entradas de dinheiro. Contudo, para ter um capital de giro saudável, são necessárias algumas atitudes importantes.
Identifique e corte gastos
Faça um levantamento dos custos da empresa, para descobrir qual pode ser reduzido, desde que não afete as operações do negócio. Outro ponto é estar atento ao fluxo de caixa, para manter as finanças em dia, evitando que encerrar suas atividades por má gestão do capital de giro.
Tenha muita disciplina
Saiba utilizar o capital, não o gaste em qualquer despesa nem deixe de repor os valores quando entrar dinheiro no caixa. Sem esse controle, sua empresa começa a sofrer financeiramente. Então, seja sistemático e proteja o seu futuro empresarial.
Saiba negociar com fornecedores e clientes
Procure pagar seus fornecedores de maneira tranquila — por exemplo, com aumento de prazos ou à vista, mas com descontos. Inclusive, analise se o desconto cabe no orçamento. Já para os clientes, verifique a possibilidade de reduzir os prazos de financiamento, mesmo que os concorrentes ofereçam mais tempo.
Antecipe pagamentos a receber
Uma alternativa para ter dinheiro em caixa é, por meio de instituições financeiras, adiantar os valores a receber. No entanto, cuidado com as taxas de juros e avalie o custo-benefício disso.
Faça um empréstimo
Caso sua empresa necessite pagar dívidas mas não tenha dinheiro suficiente para arcar com o compromisso, pode-se recorrer a um empréstimo. Nessa situação, algo que não pode ser negligenciado é a inclusão desse valor no planejamento, considerando as mensalidades e pesquisando as taxas de juros praticadas no mercado.
Se não você tiver garantias futuras para quitá-lo, não assuma esse risco nem faça dessa prática um hábito. O mais sensato, nesse caso, é corrigir os processos de compra e venda para preservar o capital de giro e evitar buscar recursos extras, o que acabará por aumentar suas dívidas.
Agora que você sabe o que é capital de giro, assegure-se de que seu negócio não fique sem esse recurso nem pare de operar, controlando as finanças, gerenciando os inadimplentes, registrando os processos financeiros, negociando dívidas de longo prazo, conhecendo e controlando o fluxo de caixa e entendendo o seu ciclo financeiro em relação ao recebimento das vendas e pagamento aos fornecedores. Para tanto, conte com o apoio de um escritório de contabilidade qualificado e que acompanhe os indicadores de sua empresa.
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